segunda-feira, 29 de julho de 2013

Se Bastasse uma Canção


Se bastasse cantar com ternura
Pra acalmar esses dias
Em que os homens perderam a doçura
De cantar morreria
Mas quem sou eu?
Mas quem sou eu?
Simples cigarra em que a voz é escrava da melodia

Se bastasse a canção da esperança
Pra inundar de alegria
A tristeza de nossas crianças
De cantar morreria
Mas quem sou eu?
Mas quem sou eu?
Um peregrino na estrada divina da poesia

Se bastasse cantar compassivo
Pra aplacar a agonia
Nessas terras de gente cativa
De cantar morreria
Mas quem sou eu?
Mas quem sou eu?
Simples agente da estrela regente das sinfonias

É preciso muito, muito mais
Gente cantando
É preciso muito, muito mais
É quase um esforço sobre humano
Pra conseguir mudar os planos´
É preciso muito, muito mais
Gente cantando
É preciso muito, muito mais
Cantar a paz no mundo inteiro, é quase um esforço derradeiro

Se bastasse cantar com brandura
Pra estancar a sangria
Pro universo viver com candura
De cantar morreria
Mas quem sou eu?
Mas quem sou eu?
Simples cantante das noites orantes das liturgias

É preciso muito, muito mais
Gente cantando
É preciso muito, muito mais
Cantar, cantar que ainda é tempo
Um canção sem sofrimento
É preciso muito, muito mais
Gente cantando
É preciso muito, muito mais
Cantar com o céu com os movimentos
Cantar com a luz com os elementos

E enquanto espero, sigo cantando e cantando e cantando eu vou vivendo

É preciso muito, muito mais
Gente cantando
É preciso muito, muito mais
Cantar, cantar que ainda é tempo
Uma canção sem sofrimento
É preciso muito, muito mais....

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